Pequenas Felicidades e o meu penico

A minha enorme pequena felicidades dessa semana, foi ter conseguido uma vaga no curso de fotografia com mais credibilidade no Brasil. São dois anos a partir de março do ano que vem. Minha vida vai mudar eu sei. Mas vai ser bom. Menos tempo pra tudo, inclusive pra bater papo por aqui. Será necessário dedicação e tempo, pois em fotografia o click é a última coisa que vc faz. E quero fazer bem feito, esperei tempo para conseguir essa vaga não queria fazer qualquer curso, queria esse. Super concorrido, cheguei antes que abrisse a secretaria e peguei a senha 19. A fila parecia "festa estranha com gente esquisita" o menino na minha frente tinha um alargador com o diâmetro de uma lata de cerveja, a menina de regata atras de mim tinha uma tatuagem enorme  que começava no pescoço  e descia pelo peito,  Pensei: Jamais terei chance com esse visual de dona de casa com a mão cheirando alho e cândida. Pra ter uma tatuagem parecida, teria que comprar 7.000.361 chicletes. E se na entrevista eles não me aceitarem por causa desse brinquinho de pérola?
Quando entrei quase enlouqueci, estúdios m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o-s a turma de cinema rodando uma cena com essa  música , fui transportada a um passado onde minha vida era um flash com controles e botões anti-atômicos. O pessoal do radio ensaiando um programa  e todo mundo com jeitão maluco, enfim pela primeira vez na minha vida serei "normal".
E a biblioteca? Acervo imenso de  livros, vídeos, fotos, áudio... Tudo que sonhei. Conviver com pessoas que respiram imagem.
Consegui a ÚLTIMA vaga. Isso a ÚLTIMA. Começo em março do ano que vem.
No caminho de volta, passei numa loja que meus pais frequentavam, outra vez voltei ao passado a trinta anos atras, meu pai me comprava uma coxinha e um pingado (café com leite grande, servido em copo americano) na lanchonete ao lado, imagine fui lá tomei um pingado, mas a coxinha não tive coragem rsrsrs, a loja  é grande  dessas que vendem de tudo e adivinhem: Achei um penico. Eu ri por dentro, achei engraçado  fazia muiiito tempo que não via um, parei ao lado de uma velhinha que deveria ter uns 136 anos que percebendo meu interesse pelo dito cujo foi logo dando sua opinião: Acho melhor que o de plástico, o de plástico deixa cheiro, encarde, meu velho não gosta. Eu respondi como se eu também fosse da sua geração e tivesse uns 140 anos: O meu velho prefere o de plástico pois esse faz barulho, quando a gente empurra pra debaixo da cama, ele acorda. Comprei. Estou na dúvida se faço um cachepô ou uma fruteira:

Caminhando mais um pouco encontrei um sebo (em pensar que todo dia vou passar em frente a um sebo, ai ai).
Comprei esse livro:
Pode ser um prenúncio....

Olha o nome da antiga dona no lado superior esquerdo: Adoro, nomes, dedicatórias...esse é o charme de um livro de segunda mão.

Quando cheguei em casa recebi da Folha de São Paulo um cd de presente. Uau índio adora presentes.

E finalmente hoje Paolo chega de viajem, coloquei um franguinho pra assar:

Tá servido? Pequenas felicidades? Tem no Botoezinhos