Minha Nikon

Parafraseando  uma entrevista do Yamandu Costa (violonista dos céus de Deus, dos anjos) para Lola do mês de Agosto/2012  Solitário na sua arte ele é solista, assim como ele já fui pra Finlândia sozinha,( tudo bem que me encontrei com o Paolo depois) onde ele fala sobre o violão, eu digo aqui sobre a máquina fotográfica:

A vida real. Ela é insuportável. Contas, filhos, escola, Dayan, Tatiana, Ed e agora chegou em grande estilo o Everton.  A gente deve fugir ao máximo da vida real. Quando se fica perto da utopia, alivia um pouco a chatice diária. A minha Nikon tem humor, tem vida própria, tem TPM né Dayan?  Tem paixões, tem altos e baixos, tem raiva, alegria, amor, compaixão. Tem de tudo minha Nikon. Vários países, momentos, lágrimas, saudades, expectativas...

Quando carrego minha Nikon, carrego uma igreja, atrae pessoas onde as mesmas expõe suas almas.: O narcisista enrustido se entrega, o tímido, o fofo, o ego fica evidente as pessoas se despem literalmente ou não.

A lente cura, trata, ameniza, fortalece, agradece.

Fotografia é trabalho duro, uma busca, nunca uma conquista, nunca um só click.

Um disparo, uma explosão de tudo que você carrega dentro de si.